Capítulo 21
Eu estava no mais absoluto silêncio enquanto passeávamos pela cidade naquele fim de tarde.
Michael tinha pedido pra que eu mostrasse a cidade pra ele e eu, inconscientemente ou masoquistamente acabara o levando para os mesmos lugares que estivera com Rob meses atrás.
E isto só me deixava pior ainda. Porque, eu me dei conta que em vez de estar feliz por estar com meu namorado que não via há meses, eu não parava de pensar em outro cara.
-Kristen, qual o problema?
Eu ouvi a voz de Michael me chamando, quando estávamos sentados no café da mesma livraria que Rob tinha comprado Doomed Love.
-Problema? - falei distraída
-Você esta estranha. Eu tentei ignorar que só eu estou falando e você finge que esta ouvindo, mas acho que isto já esta se tornando ridículo.
-Me desculpe... eu... estou com coisas da gravação na cabeça.
-Você nunca agiu assim antes. Eu acho que tem alguma coisa errada
Eu respirei fundo, pensando no que dizer.
-Você esta diferente – ele continuou. - Diferente comigo
E queria dizer “é impressão sua!” Sorrir e beijá-lo. Mas não fiz isto.
Por que ele tinha razão. Algo tinha mudado. E eu nem tinha me dado conta até aquele momento.
E eu me sentia triste com isto.
-Michael... nós nunca passamos tanto tempo separados, isto afeta qualquer relação
-E é só isto?
Eu dei de ombros
-Eu não sei... Eu estou meio confusa ultimamente.
Ele segurou minhas mãos
-Estas gravações já estão terminando. Então podemos ficar juntos de novo, vai ser tudo como antes, eu prometo.
Eu sorri
Eu queria acreditar nele. Mas eu não sabia se seria possível.
Quando saímos para a rua ele me encarou
-Eu não poderei ficar hoje. Tenho que gravar amanhã de manhã
-tudo bem – eu concordei.
Em outros tempos eu ficaria arrasada, mas nesta altura do campeonato, eu me sentia aliviada.
Ele aproximou-se e me beijou.
Eu o abracei, lutando para achar aquele sentimento perdido dentro de mim.
Mas eu não achei nada.
Naquela noite, eu não consegui dormir.
Eu peguei o livro que Rob me dera e o li inteiro.
O amor tem infinitas possibilidades...
Eu não podia estar apaixonada por Rob podia?
De que outra forma eu explicaria os desvarios que vinha cometendo ultimamente?
Eu fechei o livro e o joguei longe.
Eu não queria estar apaixonada por ele. Não podia.
No dia seguinte, eu não tinha cenas com Rob. Ainda bem.
Isto me ajudou a clarear a mente.
Ok, não clareou totalmente, mas eu me sentia melhor no fim do dia. Quase normal.
Mas minha suposta paz não durou muito.
No dia seguinte bem cedo, lá estava ele.
Um misto de sensações passou por mim como um raio. Claro que eu estava com medo de encará-lo depois de tudo.
Mas o que ficou mesmo, e esta era a mais assustadora das sensações, era me dar conta da falta horrível que eu sentia dele.
Eu mordi os lábios, meu coração parando de bater por alguns segundos. Ele me encarou do outro lado do set e sorriu. Aquele sorriso torto matador.
Meus pés se mexeram como se fossem uma parte fora do meu corpo e quando eu vi estava na sua frente.
-Oi Kristen
-Oi – eu falei com a voz sumida.
E então ele disse a última coisa que eu esperava ouvir
-Me desculpa por aquilo no trailer
Eu o fitei surpresa. Ele estava pedindo desculpas? Sim, ele me devia mesmo. Então por que eu estava mal?
E o que queria dizer afinal? O tal “ainda não acabou, Kristen” não existia mais?
Eu me senti pior ainda.
Respirei fundo, buscando uma resposta coerente dentro de mim.
-Tudo bem – foi só o que consegui dizer, com a voz mais sumida ainda, olhando pra todos os lados, menos pra seu rosto.
Certo. Justamente o que eu temia tinha acontecido. Tinha ficado um clima estranho entre nós.
Rachelle passou a poucos metros de nós e deu um tchau. Não pra mim claro, provavelmente pra ele.
Eu mordi o lábios ate quase sair sangue e naquele momento eu desejei com todas as minha forças que o tempo passasse rápido e aqueles dias em Oregon terminassem de vez. Mas aí nós não nos veríamos mais. Pelo menos não como agora. E eu fiquei triste com este pensamento. E sem que tivesse o menor controle, meus olhos se encheram de lágrimas traiçoeiras e ridículas. Eu pisquei
-Eu preciso... retocar minha maquiagem – falei tentando me afastar, mas Rob segurou meu braço
-Nós precisamos conversar
Eu limpei a garganta
-Não acho que temos alguma coisa pra falar ainda Rob
-Você sabe que temos. Não adianta ficar com este clima.
-eu sei – acabei concordando – mas não agora, por favor... Eu não posso agora
-O Michael ainda esta com você?
Eu sacudi a cabeça, com mais vontade de chorar ainda. Falar de Michael me deixava muito mal comigo mesma.
-Não, ele foi embora no mesmo dia.
Ele me soltou muito sério
-Eu sinto muito por isto.
Eu o fitei tentando entender o que ele queria dizer.
Ele sentia muito por que o Michael tinha ido embora? Aquilo era estranho. Mas eu, sinceramente, não entendia mais nada.
Eu dei de ombros
-Não tinha clima pra ele ficar aqui
-Achei que o quisesse aqui
-Eu não sei mais o que quero – confessei e sem conseguir mais encará-lo, eu me afastei
Nós trabalhamos juntos o dia inteiro em silêncio. Era muito estranho. Era dolorido. Tê-lo tão perto e ao mesmo tempo tão distante.
As gravações duraram boa parte da noite e quando acabou eu me sentia horrível fisicamente e emocionalmente.
Fui pra casa e tive tempo apenas de tirar a roupa e dormir.
Quando acordei, fiquei olhando a chuva fina que caía pela janela e me lembrei que hoje era oficialmente o último dia de gravação.
Era para eu sentir alívio, mas eu só sentia tristeza.
Me arrastei para o chuveiro, tentando ter ânimo.
Quando abri a porta pra sair, parei estarrecida ao ver o carro de Rob na porta da minha casa.
Ele saiu do carro e veio até mim, indiferente a chuva fina que caía.
-O que faz aqui? – indaguei surpresa. Feliz. Oh Deus. Eu estava feliz por ele estar ali na minha frente. A toquinha preta desprezível nos cabelos e aquele sorriso no rosto. E então eu sorri também.
Eu sentia no fundo do meu coração que quando nós sorríamos assim, era como se nada ao redor existisse. E entrávamos de novo no nosso mundinho particular.
Nada poderia ser mais perfeito.
-Eu vim te buscar – ele falou simplesmente
-Ok – eu respondi, como se fosse a coisa mais natural do mundo ele estar ali na minha porta àquela hora da manhã.
Ele segurou a blusa que vestia sobre mim enquanto corríamos até o carro e abria a porta pra eu entrar.
Quando ele sentou no bando do motorista e deu partida, virou-se e sorriu pra mim e eu senti um aperto no peito.
Hoje era o último dia.
Me lembrar deste fato me deixou depressiva de novo. Mas eu lutei contra aquela onda de amargor que queria me dominar. Eu não ia mais chorar. Nem me lamentar.
Porque hoje era meu ultimo dia como Bella Swan e eu iria aproveitá-lo.
Chegamos no set e fomos nos arrumar para a gravação e quando nos reunimos novamente havia uma atmosfera diderente entre nós. Era quase saudosista. Por que sabíamos que seria a última vez.
A manhã passou rápido. E quando estava no meu trailer, ele apareceu
Eu senti um certo medo. Medo de que aquela trégua fosse quebrada, me lembrando do que acontecera nas últimas vezes que ele estivera no meu trailer.
Mas ele apenas entrou e sentou ao meu lado
-Vai fazer alguma coisa hoje a noite?
Eu prendi a respiração. Oh Deus.
E agora, o que eu respondia? A razão dizia pra acabar com aquele desvario agora mesmo. Mas eu não andava ouvindo muito minha razão ultimamente.
-Nada.
Ele sorriu
-o pessoal vai se reunir para comemorar o fim das gravações
Ops. Como assim “ o pessoal”?
Eu lutei pra controlar meu desapontamento
-Certo. Eu estava prevendo algo assim mesmo – falei com um sorriso amarelo.
-mas eu acho que devíamos fazer algo. Só eu e você.
Meu coração definitivamente sofreu algum dano sério neste momento
Eu o fitei, a respiração presa na garganta.
Por um momento nós apenas nos olhamos e então ele sorriu de lado, os dedos passando pelos cabelos, bagunçando o penteado de Edward.
-Pelas noites improdutivas
E eu soube que não podia dar outra resposta
-Sim, uma última noite improdutiva.
Eu ainda sorria quando ele se levantou e saiu do meu trailer.
Eu já estava encrencada mesmo. Uma última noite com ele não iria tirar pedaço.
Mesmo porque não ia rolar nada. Nada.
Isto era certo pra mim.
Eu não iria me enrolar ainda mais.
O dia passou rápido. No fim eu corri para meu trailer e quando saí a Niki me abordou.
-Você vai com a gente?
-Não
-Por que não?
-Por que eu não estou muito afim de comemoração. Estou cansada e meu vôo já sai amanhã.
-Que pena.
Ela me abraçou
-Nos vemos em Los Angeles, então
-Com certeza
Eu corri pra casa e fiquei esperando.
Em cima do meu DVD ainda estava o filme do Marlon Brando
Eu coloquei e fiquei assistindo. Quando o vi pela primeira vez não tinha noção de como a minha vida iria se parecer um dia com a vida de Jeanne.
O filme acabou e eu estava chorando. Enxuguei as lágrimas ridículas.
O que eu iria fazer agora? Talvez não devesse sair com Rob.
Mas então a campainha tocou. E eu não pensei em mais nada.
Era nossa última noite improdutiva e eu iria vivê-la.
Ser Jeanne pela última vez.
Ele sorriu pra mim. Sem a toca, os dedos passando pelos cabelos bagunçados .
Eu sorri também
-Olá estranho.
Eu estendeu a mão e eu a segurei.
-Onde vamos?
-Você verá
Nós entramos no carro e ele dirigiu por algum tempo e então eu reconheci o lugar quando ele parou, apesar da escuridão. Estávamos na clareira.
Eu ri
-Acho que eu sabia que viríamos aqui. Mas a pergunta é: porque estamos aqui?
-Não gosta daqui?
-Sim, eu gosto – eu abracei meus joelhos junto ao corpo, virando para olhar pra ele
-Mas esta frio hoje. E chovendo
-Não precisamos sair daqui
Ele colocou um Cd e eu reconheci como sendo o mesmo que Niki tinha me dado
-A Niki te deu um também? – falei meio enciumada
Ele riu
-Acho que deu pra muita gente.
Eu mordi os lábios
-O que há entre você e a Niki?
Talvez eu não devesse estar arruinando minha última noite na sua companhia com este tipo de pergunta. Mas eu tinha que saber. Porque esta também era a última vez que poderíamos falar destas coisas.
Ele deu de ombros
-Nada. Ele é minha amiga
-e a Rachelle também?
Ele sorriu e me fitou
-Você tem um namorado Kristen, porque se preocupa com isto?
Ok, aquela eu tinha merecido.
Eu respirei fundo
-Você esta certo. Não tenho o direito de te fazer estas perguntas
-Você gostaria de ter?
Meu coração acelerou.
Se eu gostaria de ter algum direito sobre ele? Eu nunca tinha parado para pensar nisto.
Era algo proibido pra mim. Não cabia no nosso tipo de relação.
Mas aquilo soou muito bem em meus ouvidos. bem demais
-Eu não sei – respondi por fim – acho que não é uma pergunta cabível no momento
-eu gostaria de ter
-O que? – indaguei com a respiração presa na garganta.
-direitos sobre você
Eu soltei a respiração devagar.
Não era assim que eu tinha planejado tudo. Mas as coisas estavam rolando a minha volta sem que eu tivesse controle há muito tempo.
Nada do que se referia a Rob tinha algum controle.
-Eu tenho um namorado Rob – falei e nos meus próprios ouvidos a voz saiu com um certo pesar.
Porque existia uma parte de mim que gostaria que as coisas fossem diferentes. Que não houvesse nada entre nós.
-e isto é permanente? – ele falou com uma certa ironia.
Mas não era uma ironia qualquer. Era uma ironia adorável que era só dele.
E ele sorriu. Mesmo sabendo da gravidade do que estávamos falando.
Eu me sentia leve. Por que estava sozinha com ele. E quando nós estávamos sozinhos eu podia fazer o que quisesse.
-Você quer o que? Que eu o deixe pra ficar com você? – as palavras simplesmente pularam da minha boca
-Por que não?
-Por um milhão de razões
-Cite uma delas
-Você mora em Londres
-Sabe que estarei em Al por enquanto
-Você é galinha Rob. Eu nunca poderia lidar com isto
Ele riu e eu continuei
-e não vem dizer que não e verdade e isto... isto só vai piorar com você aqui. Eu... não sei lidar com isto. Eu sou... provinciana.
-Sabe que não é
-Sou sim. Eu preciso de alguém... Como Michael
Sim, agora a verdade se formou em minha mente.
Era esta a questão. Eu não conseguiria lidar com Rob.
Por isto que eu relutava tanto em admitir o que sentia. Porque era forte demais. Intenso demais
Como nunca fora e nunca seria com Michael. Michael era seguro. Rob era aventura.
E dor.
Eu simplesmente não conseguia lidar com tudo aquilo. Por isto eu estava fugindo.
E não poderia recuar.
Meu coração se apertou de dor quando eu soube o que tinha finalmente decidido.
-Então já tomou sua decisão
-Já – eu falei num fio de voz
Eu me virei para o vidro.
Haveria tristeza maior do que aquela? Eu com certeza nunca tinha sentido nada parecido. Era como estar sendo quebrada em mil pedaços.
Mas ao mesmo tempo eu me senti em paz. Porque eu sabia o que precisava fazer. Eu precisava dizer adeus.
Eu tinha que ser como Jeanne.
-Não pense que foi fácil Rob... – falei por fim, quebrando o silêncio dolorido entre nós.
Ele me puxou e eu deitei a cabeça em seu ombro.
Os dedos acariciaram meu braço lentamente
-Jeanne e Paul, han? - ele falou contra meus cabelos e eu ri
-Sim, Jeane e Paul
Ficamos assim por horas a fio e então eu me desvencilhei dele
E ele deu partida no carro
Mas sua mão buscou a minha e eu não me opus
-Quer entrar? - perguntei quando chegamos em frente a minha casa. Sabia muito bem no que isto implicava ou não sabia.
Mas eu o queria perto de mim até que não restasse mais nenhum tempo para nós
Ele não precisou responder.
Sem dizer nada nós entramos.
Eu pude sentir sua presença atrás de mim, os dedos deslizando devagar por meu braço, seus lábios em meus cabelos e fechei os olhos, me virando e fitando seus olhos verdes que nunca parariam de me deslumbrar.
Eu peguei sua mão e o levei para meu quarto. O encarei com os olhos tristes e tirei minha blusa.
Tudo o que eu precisava naquele momento era de sua presença. Mais nada.
Seus dedos tocaram meu rosto, circundaram meus lábios, e eu os beijei, um a um, antes de ficar nas pontas dos pés para beijar seu queixo quadrado, aspirando seu cheiro único, que adentrou em minhas narinas, se espalhando por minha corrente sanguínea, saindo por meus poros. O calor se espalhando por meu sangue feito uma droga pesada, drenando minhas forças.
Eu simplesmente deitei minha cabeça em seu ombro, sentindo seus lábios nos meus cabelos e suas mãos deslizando por minha espinha.
E de repente eu senti uma vontade imensa de chorar. E foi o que eu fiz. Silenciosamente.
-Shi... – ele sussurrou em meu ouvido antes de segurar meu rosto entre as mãos e beijar minhas pálpebras fechadas, minha face, meus lábios e a dor foi passando para ficar apenas o calor gerado entre nós. Ele me colocou na cama, deitando ao meu lado, me trazendo para mais perto, as mãos em meus quadris e eu subi os braços para enterrar os dedos nos cabelos maravilhosos, a ponta da minha língua contornou seus lábios, para beijá-lo com mais força. Suspirando entre os beijos molhados que enchiam minha boca, meus dedos migraram, abrindo os botões de sua camisa, para espalmar a mão no peito quente, sentindo seu coração bater no mesmo ritmo alucinante do meu. A ligação entre nós era impossível de explicar, mas ela estava ali, fremente, essencial, desde o minuto em que ele abrira aquele sorriso pra mim. Eu devia saber que estava perdida. Como Jeanne em o último tango em Paris eu me permitia viver num mundinho particular, onde só existia eu e ele e mais ninguém. E pensando assim, tudo pareceu tão certo de repente.
Todas as pequenas coisas que compartilhamos, como a tal promessa sobre midnight sun que até hoje eu não sabia do que se tratava
-Você nunca me disse o que ia querer em troca de eu ter lido midnight sun – eu falei contra seus lábios de repente
Ele levantou a cabeça e sorriu fazendo minha pulsação acelerar
-acho que é obvio, não é?
-Você não seria cara de pau o bastante pra pedir que eu transasse com você!
-Tudo bem. Eu ia pedir pra você casar comigo
Eu gargalhei e ele riu também
-você não esta me levando a sério – falei enquanto ele rolava por cima de mim
-por que quer saber?
-porque provavelmente esta será a minha última oportunidade de perguntar
-você fala como se nunca mais fossemos nos ver.
-você sabe o que quis dizer.
-vamos deixar esta negociação em aberto então
-não sei se concordo com isto
-eu concordei com seus termos Kristen. Apenas concorde com os meus - ele falou em meu ouvido e eu suspirei. Era difícil pensar coerentemente quando ele falava assim tão perto da minha pele.
-você tem um jeito muito persuasivo de pedir as coisas, Rob
Ele riu contra meu pescoço, os dedos deslizando devagar por minha espinha
-não sou persuasivo o suficiente para convencer você a casar comigo
Eu ri
-realmente não é
Seus lábios mordiscaram minha orelha
-casa comigo
-não – eu ri e os lábios deslizaram por meu pescoço. Muito persuasivos por sinal.
-casa comigo Kristen – ele falou contra minha pele e eu fechei os olhos
-Não
-casa comigo, Kristen – ele mordeu meu ombro
-não... - arquejei
-casa comigo Kristen – eu senti as palavras contra meu seio
-não... - agora minha voz não passava de um sussurro trêmulo e ele riu contra minha pele febril, fechando os olhos eu o puxei e ergui a boca em direção a dele, os dedos quentes percorreram minha pele, queimando por onde passavam e eu deixei que ele me despisse, e estremeci ao sentir a respiração quente novamente contra meu pescoço, meus seios, meu umbigo.
Uma expectativa doce e urgente se apoderou de mim, quando nossas peles nuas se tocaram finalmente. O ar tornou-se rarefeito e minha mente se desconectou do mundo quando o sentia dentro de mim, o olhar preso no meu, até tudo explodir ao meu redor.
-Kristen?
Sua voz me chamou na semi escuridão do meu quarto. Eu abri os olhos para encontrar os dele me fitando.
Eu não me arrependia. Foi o primeiro pensamento coerente que me tomou.
Como eu poderia me arrepender? Haveria muito tempo para isto depois. Quando ele estivesse longe de mim.
Pensar nisto me encheu de angústia.
Ele tentou se afastar, mas eu o segurei com força
-Não, fique aqui – pedi
Ele deitou a cabeça em meu peito e eu me permiti, talvez pela última vez, passar meus dedos pelos cabelos bagunçados. E adormeci
continua....
2 comentários:
Ah que noite hein... Mooooiiito bom.
Bjokas Sil.
Ai quase chorei,tão triste essa parte =/
Postar um comentário
Deixe seu comentário.
Assim que o ler, publicarei e o responderei.
Volte para saber a resposta.
•.¸¸.•´¯`•.¸¸.¤ Beijos •.¸¸.•´¯`•.¸¸.¤