Cap 46 parte III
O dia amanheceu e anda estávamos ali.
Eu estava sentada a sua frente e ele tinha puxado o cobertor sobre nós. Talvez eu pegasse um resfriado eterno depois de passar a noite ao relento com quase zero graus. Mas quem se importava?
O céu era cinzento acima de nós e um vento frio me fez estremecer. Rob me abraçou com mais força e eu senti seu hálito quente dentro do meu ouvido
-Vamos comigo para Paris
Eu ri daquele absurdo. Embora pudesse nos imaginar facilmente fazendo exatamente isto
-Como Jeanne e Paul? - indaguei
Foi a vez dele rir
-Eu sabia que não deveria ter te mostrado aquele filme... Tenho medo que ainda me dê um tiro.
Eu gargalhei
-Não me de idéias.
Seus dedos acariciaram minha barriga
-Você ainda não me respondeu
Eu fiquei séria de repente.
Por mais que eu quisesse ficar assim com ele pra sempre, eu sabia que não seria fácil. Ainda havia muita coisa entre nós
-Rob... Eu não posso. Você sabe disto
Ele ficou em silêncio por um tempo e eu podia sentir a tensão começando a emanar dele e por mais que eu tivesse vontade de me virar, beijar sua boca e dizer que tudo ia ficar bem, eu não tinha certeza disto.
Então ele me soltou e se levantou, colocando as roupas. Eu fiz o mesmo.
-Rob, olha pra mim – eu segurei seu rosto e o obriguei a me encarar – você sabe poque estou fazendo isto. Ainda temos aquele maldito acordo...
-Ainda isto? Estou de saco cheio desta história! Estou de saco cheio de ter que esconder o que sinto por você
-Acha que pra mim é fácil? Mas nós vivemos esta vida. Escolhemo estar aqui. Então eu acho que não tem como voltar atrás agora
-As vezes eu odeio este filme. Mas aí eu lembro que se não fosse por ele eu não tinha conhecido você – ele sorriu, bagunçando meus cabelos.
Eu fiquei na ponta dos pés e beijei sua boca
-Kris, não faça isto – ele insistiu, mas eu sacudi a cabeça negativamente
-Eu preciso que me de espaço. Por favor. Eu amo você. Por favor...
Ele segurou meu rosto
-Ok, eu darei seu tempo. Com uma condição.
-Que condição?
-Até a estréia do filme. Até lá eu ficarei na minha. Eu farei o que você quiser. Mas depois. Nós voltaremos a esta conversa.
-Eu acho que é justo.
Ele sorriu e me soltou
-Vamos descer.
Eu senti um certo pesar quando embarcamos para Los Angeles naquela manhã.
Claro que eu embarquei com Michael, que estava estranhamente quieto. E não era por menos.
Eu tinha tirado o anel e escondido na bolsa. Não seria legal alguém ficar fazendo pergunta idiota.
Quando me viu com Michael, Rob não fez comentário, mas eu vi que ele não gostou nada.
Eu devia ter dito a ele que este meu retorno com Michael era mentira, mas o assunto Michael tinha sido totalmente esquecido na noite passada. E agora provavelmente Rob estava especulando se eu pretendia “terminar” de novo com Michael.
Eu tamborilava os dedos, impaciente, sobre o encosto do assento e Michael dormia ao meu lado
Rob estava sentado algumas poltronas a frente com Tom
Tom me olhara naquele manhã com um risinho idiota e só faltou dizer “eu sei do seu segrdinho sujo”. Mas eu o ignorei. Ainda não tinha perdoado aquele papo de “deixe o coitado do Rob em paz” do outro dia.
Ele que cuidasse da própria vida.
Eu me inclinei para o lado e vi a aeromoça servindo alguma coisa pra eles e ficando vermelha.
Que dois idiotas.
Eu fechei os olhos tentando dormir. Mas era impossível.
Aquela história do Michael tinha que ser tirada a limpo
Peguei a bolsa e tirei um papel e uma caneta la de dentro e rabisquei umas palavras
Me levantei e quando passei pela poltrona deles, joguei o papel para Rob e me tranquei no toalete
Droga, aquilo fora total adolescente. Mas eu tinha que resolver aquilo logo.
Quando ouvi a batidinha na porta eu a abri e o puxei pra dentro.
-é o seguinte. Precisamos conversar, disse num fôlego só.
Ele riu
-e eu achando que você tinha me chamado aqui para outra coisa... - ele falou brincando
Eu estava tão nervosa que demorei uns segundo pra entender o que ele estava falando
-Isto é sério Rob. Eu preciso esclarecer esta situação do Michael. Nos não voltamos, era tudo mentira minha
Ele franziu o cenho a testa
-Esta falando sério?
-Sim.
Ele passou a mão pelos cabelos. Parecia... nervoso. E eu achando que ele ia ficar feliz com minha confissão. Talvez estivesse bravo com a mentira. E não era para menos
-Olha, eu sinto muito por ter inventado isto, mas eu estava muito brava naquele dia da Empire...
-então, este tempo todo... vocês não estavam juntos?
-Não
Mas porque ele estava com aquela cara?
Eu me aproximei dele, tocando seu rosto
-Rob, me desculpa, por favor... Achei que fosse ficar feliz com isto...
Ele tocou meus cabelos e sorriu
-Eu estou feliz Kris.
E então me beijou e eu deixei de pensar. Fiquei nas pontas do pés e enlacei seu pescoço, colando meu corpo ao dele, entreabrindo meus lábios para que nossas línguas se encontrassem e o beijo se tornasse mais profundo. Eu gemi sentindo-me derreter quando o avião deu um solavanco e nós nos encostamos na parede.
Ele descolou a boca da minha e riu
-Você já transou num avião Kris?
-Não – eu murmurei, trêmula ao sentir seus dedos em baixo a minha blusa, subindo através da minha pele
-então acho que temos que corrigir isto – e ele me beijou de novo. Intensamente, profundamente, deliciosamente.
Eu me esqueci de onde eu estava. Eu me esqueci até meu nome.
Tudo o que importava era que ele estava me beijando e suas mãos estavam em mim
Ele parou de me beijar e arrancou minha blusa, enfiando os dedos dentro do meu sutiã, a boca mordiscando meu ombro e eu me segurei nele pra não cair, a excitação correndo a mil por meu sangue.
De olhos fechados eu apenas arquejava enquanto sentia ele descendo por minha pele até seus lábios tocarem meu seio e ficarem ali por um longo tempo, enquanto suas mãos abriram meu jeans para me tocar assim, pervertidamente.
Eu mordi os lábios com força para não gritar, me lembrando que estávamos em um avião. Em pleno vôo. Oh Deus.
Ele me beijou de novo, lenta e preguiçosamente e eu mordi seu lábio com força
-Anda logo com isto, Pattinson – falei ofegante e ele riu daquele jeito que me deixava maluca, as mãos se esforçando para tirar meu jeans, enquanto eu lutava com o zíper da sua calça.
-quanta impaciência Kristen... - ele disse no meu ouvido, enquanto me erguia do chão e eu passei as pernas em volta de sua cintura ao senti-lo dentro de mim.
-cala a boca – arquejei, enterrando as unhas em seu ombro, enquanto ele movia-se rapidamente, recuando e impulsionando num ritmo só nosso, até que tudo explodir dentro de mim.
Eu abri os olhos ainda ofegante e o sorri pra ele
-Eu amo você
Ele não falou nada. Apenas deixou eu voltar ao chão e me ajudou a me vestir
Eu o achei um tanto estranho
-Rob, esta tudo bem?
ele passou pelos cabelos, sorrindo de lado
-estaria melhor se... deixa pra lá
Eu queria perguntar o que ele queria dizer, mas me calei, ao ouvir ordem da aeromoça de todos voltarem a suas poltronas
-Melhor voltarmos. - ele disse distraído - vá primeiro
Eu ainda hesitei, mas saí do banheiro e sentei ao lado do Michael que ainda dormia
Haveria alguma coisa errada. Ou era impressão minha?
Talvez ainda houvesse tempo de eu perguntar
mas este tempo nunca chegou.
Cap 47
O tempo passou. E Rob cumpriu a promessa.
Ele praticamente me ignorou em semanas. Semanas estas em que sempre nos esbarrávamos em eventos de lançamento de Twilight.
Primeiro foi no MTV Spoilers.
Nikki estava sempre comigo lá, apesar de eu ainda me sentir uma fraude perto dela.
Afinal, ela estava apaixonada por Rob. Ou pelo menos dizia que estava. Eu tinha vontade de perguntar se ela ainda se sentia assim. Mas tinha medo da resposta. Pelo menos ela não tocou mais no assunto.
Naquela noite ela estava toda animada, dizendo que tínhamos que voltar a nos encontrar mais.
Rob chegou atrasado como sempre e apenas me lançou um oi superficial não mais afetivo do que lançou a Kellan, por exemplo.
E eu me senti mal. O que era totalmente absurdo.
Mas fui eu que pedi isto, então eu tinha que aguentar.
Nós nos mantivemos ocupados com várias entrevistas e no fim Nikki voltou ao meu lado.
Ela estava de mau humor e eu perguntei o que tinha acontecido neste interím pra ela mudar tanto, mas disse que estava cansada apenas.
Quando cheguei em casa naquela noite eu não aguentei e fiz o que estava me segurando para não fazer. Eu liguei pra ele.
Mas ele não atendeu.
Eu desliguei, decepcionada.
Mas era melhor assim não era? Ele apenas estava tentando cumprir aquilo que eu mesma havia imposto, tentei me convencer, olhando para o anel no meu dedo
Não que ele estivesse sempre ali. Eu o escondia todas as manhãs, mas a noite, sozinha, eu voltava a colocá-lo no meu dedo e imaginava como seria se Rob estivesse ali.
Mais patético impossível.
Dias depois embarcamos para o Canadá.
Eu me perguntava o tempo inteiro como seria. Eu, Nikki e Rob, numa mesma viagem.
Claro, sem esquecer Rachelle.
Mas Rob se manteve afastado de nós. Apenas nos encontrávamos nos momentos das entrevistas e ele era cordial e simpático como sempre.
Como é que ele conseguia, caramba?
Eu me sentia tensa como uma corda de violino e não via a hora que aquilo acabasse.
Mas, na última noite, aconteceu algo.
Estávamos numa entrevista, nós quatro e como sempre, me perguntaram porque eu o tinha escolhido para o papel de Edward.
Eu o fitei e ele devolveu meu olhar e foi como se nós voltássemos àquele dia há tanto tempo atrás, em que nos deitamos em uma cama e fingimos nos amar.
Eu achava mesmo que estávamos fingindo? Eu deveria saber que ele iria virar meu mundo de cabeça pra baixo.
E, como sempre, eu me atrapalhei toda pra falar e ele ficou me atiçando, claramente tirando sarro da minha cara, o que me deixou muito sem graça.
Em outros tempos eu teria ficado irritada. Mas no estado de nervo que me encontrava, eu fiquei totalmente sem saber o que fazer.
Quando a entrevista terminou, ele me surpreendeu vindo falar comigo
Nikki estava do meu lado
“Kris, eu vim te pedir desculpas”
Mas porque ele agora vinha falar comigo? Justamente quando a Nikki estava junto?
Isto me deixou irritada
“é bom mesmo. Foi totalmente ridículo o que você fez”
“eu sei, por isto estou pedindo desculpas”
Eu apenas fiz um gesto de descaso com a mão e o ignorei.
Se a Nikki achou estranho aquele meu destempero não falou nada.
E quando chegamos em Los Angeles no dia seguinte, pra minha surpresa quem apareceu para nos buscar foi o Michael
“Mas o que ele esta fazendo aqui?” indaguei e Nikki riu
“Eu liguei pra ele... Não faz esta cara, ele esta louco pra voltar a falar com você”
“O que ele te contou?” - perguntei alarmada.
“Nada. Apenas que vocês não estavam se falando, mas que ele queria voltar a ser seu amigo”
Eu apenas bufei e ele se aproximou todo educado. Eu não falei nada
Não queria falar nada na frente da Nikki.
Entramos no carro dele seguidos de perto por uma horda de papparazzi e eu me perguntei se o Rob tinha visto.
Mas ele que fosse para o inferno.
Nós levamos Nikki primeiro e quando chegamos em casa Michael pediu desculpas pelas coisas que tinha dito em Londres e perguntou se podíamos voltar a ser amigos.
E eu disse que sim, claro. Apesar de saber que as coisas nunca mais seriam as mesmas.
Ele me perguntou de Rob, se estávamos juntos.
Eu dei de ombros “Eu não sei”, respondi
E não sabia mesmo.
Na última semana eu embarquei em várias viagens por outras cidades para promover o filme e Nikki foi comigo.
Eu detestava participar destas coisas sem ter alguém por perto. O Michael não dava pra chamar mais.
Todo mundo da minha família estava ocupado, então sobrou a Nikki.
Nada de Rob, claro.
O pessoal da Summit estava fazendo seu trabalho direitinho e manteve todos nossos compromissos separados.
Mas o dia da premiere estava se aproximando.
A partir deste dia, faltariam apenas 4 dias para a estréia do filme.
E acabaria o prazo que Rob tinha dado.
Eu passei o dia tensa. Não só porque seria um grande evento da pré estréia do filme, com também porque eu e Rob estaríamos juntos em evidência.
Eu me arrumei e quando fui colocar um colar, eu vi o anel
me deu uma vontade imensa de colocá-lo e meus dedos chegaram a coçar de vontade, mas eu me contive.
Toda minha família ia junto e pra minha consternação Michael apareceu quando estávamos pra entrar no tapete vermelho.
-Posso saber o que o Michael esta fazendo aqui? - indaguei ao meu irmão.
-Eu não sei, acho que a Summit convidou ele
-Mas que saco – resmunguei e ele se aproximou
-Oi Kris
-Oi... não sabia que você vinha.
Ele deu de ombros
-Eu pensei mesmo se devia vir...
-Michael, eu gostei que veio, mas eu vou te pedir um favor. Não quero que você entre. Esta noite é minha... e do Rob.
Eu vi a decepção no rosto dele, mas ele entendeu
-Eu sei. Vou ficar por aqui...
Eu me afastei. Devia me sentir culpada, mas não me sentia
Michael tinha que entender que não fazia mais parte da minha vida.
Não como antes.
Os flashes pipocavam a minha volta e a multidão gritava enlouquecida. Era como entrar num mundo totalmente surreal, mas meu olhar procurava apenas uma pessoa.
E quando eu o encontrei, foi como se tudo voltasse a fazer sentido.
E a partir daí tudo ficou mais fácil. Porque ele estava ali, a metros de distância.
E quando nós nos aproximamos e paramos em frente a horda de fotógrafos para as fotos, suas mãos rodearam minha cintura e ele sorriu pra mim. Aquele sorriso deslumbrante que deixava tudo gritando dentro de mim.
Era a sensação mais maravilhosa do mundo.
E eu nunca quis tanto beijá-lo. Nunca quis tanto mandar tudo para o inferno e fazer uma vez na vida aquilo que eu tinha mais vontade.
E era como se ele soubesse exatamente o que se passava pela minha cabeça; eu podia sentir seu olhar sobre minha boca, e eu sabia que ele estava pensando em mil maneiras de me beijar.
E eu mordi meus lábios, tentando me lembrar como é que se respirava.
Mas o momento durou muito pouco pra mim. Ele se afastou e eu tentei não dar uma de louca e por tudo a perder. Porque faltava muito pouco, eu podia sentir.
Finalmente todo aquele circo terminou e nós podemos entrar no cinema.
Eu sentei na primeira fila e claro que ele sentou ao meu lado.
As luzes se apagaram e então o filme começou. Eu odiava ver meus filmes e sabia que ele também.
Ficar vendo Aquele filme, era mais estranho ainda.
Então ele tocou minha mão
eu virei para encará-lo na escuridão e tive certeza que ele sorria
eu sorri de volta. Não havia necessidade de mais nada. Ele estava ali. E segurava minha mão.
Estávamos juntos naquilo.
Eu voltei a prestar atenção no filme e quando passou a última cena, aquela que dançávamos no baile, eu tive vontade de chorar, porque naquela cena eu estava realmente mal porque estava acabando nosso tempo juntos.
O tempo em que fui mais feliz. Pelo menos até aquele momento.
Então eu senti sua respiração em meu ouvido
-Esta acabando nosso prazo. - ele murmurou e eu me virei para olhá-lo
-Eu sei – sussurrei
Ele estava perto, tão perto que eu sentia sua respiração no meu rosto.
Pareceu a coisa mais natural do mundo quando se inclinou e tocou os lábios nos meus.
Eu prendi a respiração e o beijei de volta.
Foi rápido e intenso
Foi perfeito.
E só nos separamos por que os aplausos diziam que o filme tinha acabado
Ele me fitou com aquele sorriso no rosto
-Sexta feira, Kristen
Eu mal podia esperar.
continua...
1 comentários:
Ai que foto bonitinha!
Eu fico imaginando sentada em um avião ouvindo gemidos vindo do banheiro, sério ia ser hilário!
Tô com raiva MASTER da nikki já!
Amei o vídeo!
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Assim que o ler, publicarei e o responderei.
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•.¸¸.•´¯`•.¸¸.¤ Beijos •.¸¸.•´¯`•.¸¸.¤